sábado, 26 de março de 2016

Cristão pode ter nome "sujo"?

Estamos vivendo uma crise política no nosso país é devido a isto a economia no país fica comprometida.
Mas as nossas dívidas não são provenientes da crise política, econômica ou algo assim.
A dívida vem através do nosso consumismo. Existe uma máxima que afirma que; “Consumismo é o ato de comprar o que você não precisa, com o dinheiro que você não tem, para impressionar pessoas que você não conhece, a fim de tentar ser uma pessoa que você não é.”

Não estou aqui para lhe dizer que cartões de crédito, pagamento parcelado ou financiamentos são coisas do inimigo, do capiroto, do coisa ruim..
Não se trata disso. Basta pararmos um pouco para analisar e perceberemos que a máxima acima afirmada sobre consumismo nos leva a valorizar o que não é essencial para nossa vida, ou seja, o contrário que Deus quer para nós. Por causa da ganância, há desgastes desnecessários dos recursos naturais, grande desigualdade social, muitos vivendo em extrema miséria, marginalidade, corrupção dos políticos, serviços públicos precários etc.

Mas, alguém pode se perguntar, o que eu tenho a ver com isso?
Vamos dar alguns exemplos: Quando eu era pequeno, no aniversário, meus pais faziam um bolo, enfeitavam a mesa, enchiam bexigas, (bolas de soprar), convidavam meus coleguinhas e pronto, era só alegria e ainda tinha direito a voto linha com disquinho colorido tocando. Comemorávamos esse dia importante com muita satisfação é alegria, mas hoje, as mesmas famílias, pobres, moradoras do mesmo local, fazem questão de alugar salão, contratar buffet, animadores de festa, painéis dos mais lindos, fazer lista de convidados e dividir tudo em “suaves” prestações à perder de vista... Daí surgem as dores de cabeças, devedores na porta, falta de alimentos na mesa, atraso no aluguel, corte de luz, pessoas falando mal porque você deve, SPC, Serasa...Enfim, o famoso “nome sujo”, e para tentar viver em meio a isso, consegue um empréstimo por ima financeira, e MUITAS VEZES até mesmo agiotas, para "tentar" quitar as dívidas. Pronto, a bola de neve vai crescendo cada vez mais... Enfim, isso é só um exemplo muito real que acontece a volta de muitas pessoas neste mundo globalizado.
Pergunto, eu: Deus se agrada disso tudo? Deus concorda com a falta de administração dos nossos bens? Será que Deus atende a oração de pessoas mal controladas que fizeram dívidas “a torto e à direita”, e agora estão enroladas? Qual o conselho de Deus para maus administradores?

“Portanto, dai a cada um o que deveis:... A ninguém devais coisa alguma, a não ser o amor com que vos ameis uns aos outros; porque quem ama aos outros cumpriu a Torah.” Romanos 13:7,8]

“Não estejas entre os que se comprometem, e entre os que ficam por fiadores de dívidas, pois se não tens com que pagar, deixarias que te tirassem até a tua cama de debaixo de ti?... Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.” Provérbios 22:26,27,29

“Não levantarão, pois, todos estes contra ele uma parábola e um provérbio sarcástico contra ele? E se dirá: Ai daquele que multiplica o que não é seu! (até quando? ) e daquele que carrega sobre si dívidas!” Habacuque 2:6
“O ímpio toma emprestado, e não paga; mas o justo se compadece e dá.” Salmos 37:21

Os versículos acima mostram o quanto desagrada a Deus o ato da dívida. Não pelo fato de dever, mas pelo fato de dever e não pagar. É claro que todos nós, em algum momento de nossa vida, poderemos passar por um momento em que necessitaremos pedir algo emprestado a outra pessoa, mas, passar anos e anos, sempre devendo a alguém, e, pior, viver fazendo dívidas sem pagar, isso é outra história. O nome disso é ROUBO!
Eu já ouvi muitas vezes pessoas contraindo dívidas com o seguinte argumento: “Deus vai me ajudar a pagar!” ou, gastando as economias com o argumento: “Jesus disse que não devemos ajuntar nada nesta vida!” Mas todos os dois argumentos são tolos e não concordam com a Palavra, pois uma coisa é ser direcionado por Deus a fazer algo e confiar que Ele vai providenciar. Outra coisa é ser um pródigo e depois não ter nem o que comer.

Segue abaixo duas passagens que são conselhos para todos nós.

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar? Para que não aconteça que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pôde acabar.” Lucas 14:28-30

Essas são palavras do próprio Senhor Jesus. Ele nos ensinou a sermos bons administradores dos bens que ele nos deu. E, para vergonha dos “crentes”, quem nunca ouviu o ditado: “Está igual obra de Igreja! Nunca termina!” Ou seja, quantos são aqueles que, colocando a culpa na fé e em Deus, assinam contratos que não poderão levar até o fim? Quantos são aqueles que começam um projeto, mas param no meio do caminho? Quantos são os que compram e não pagam, manchando o seu nome, e, principalmente, envergonhando o nome do Senhor? Será que é verdade o que dizem por aí que os crentes são os piores pagadores?

Bom, uma coisa é certa. Os servos de Deus, de verdade, não são caloteiros. Aqueles que se dizem crentes e que estão comprando para sujar o nome e serem perdoados cinco anos depois, se esquecem que terão de prestar conta de cada um de seus atos diante do justo Juiz...

Portanto, fiquemos com as palavras de Jesus acima e, também, com o conselho de José que aconselhou o Faraó guardar proventos durante 07 anos de fartura para poder se manter durante os outros 07 anos de fome.
Que prudência! Que grande administrador foi José! E Deus o colocou como governador do Egito, não somente porque José era “bonzinho”, ou porque ele era “crente”, mas porque ele era organizado, sábio, um excelente administrador:

“E ajuntem toda a comida destes bons anos, que vêm, e amontoem o trigo debaixo da mão de Faraó, para mantimento nas cidades, e o guardem. Assim será o mantimento para provimento da terra, para os sete anos de fome, que haverá na terra do Egito; para que a terra não pereça de fome.” Gênesis 41:35,36

Assim José salvou o Egito e, não somente o Egito, mas todos os países que recorreram ao Egito no período da fome. Isso é uma realidade atual. E o principal: Deus foi exaltado em meio a tudo isso!
Portanto, para concluir, deixo alguns conselhos: Se não pode pagar, não compre! Mesmo que você esteja trabalhando de carteira assinada, lembre-se que a qualquer momento a empresa pode te mandar embora... E se a empresa falir? Como irás pagar a dívida? É necessário ser precavido. Isso não é ser pessimista. É ser realista. Para que uma TV nova, um celular novo ou um computador novo? Será que você realmente tem necessidade de comprar o que está querendo comprar? Você está querendo comprar porque precisa ou para mostrar para outros que você tem? Dependendo da tua motivação e da tua condição, Deus está reprovando sua atitude desde já...

Depois, não culpe o devorador...

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